Eflúvio telógeno (queda de cabelos)
Queda acentuada dos fios causada por estresse, alterações hormonais ou deficiências nutricionais. O tratamento foca em identificar a causa e restaurar o ciclo capilar saudável.

O eflúvio telógeno é uma das principais causas de queda intensa de cabelo, podendo ser desencadeado por fatores como estresse, deficiências nutricionais, pós-parto, cirurgias, infecções e mudanças hormonais. Diferente da alopecia androgenética, no eflúvio telógeno os fios caem em grande quantidade, mas os folículos permanecem ativos, possibilitando a recuperação capilar. Seu aumento é visto principalmente naquele bolo que cai no chuveiro ou fica na escova quando penteamos.
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Eflúvio telógeno (queda de cabelos)
É importante saber que, clinicamente, ele pode se manifestar de duas maneiras.
Nos quadros agudos a causa está associada a algum evento que aconteceu três meses antes do início da queda. Isso porque o período de preparo para a queda dura de dois a três meses e os fios se desprendem ao final desse ciclo. Esses eventos, aumentam a queda diária de 100-120 fios para 200-300 fios, dependendo do paciente e da causa do eflúvio. Os eventos mais associados à queda são: pós-parto, dengue, febre, infecção aguda, sinusite, pneumonia, gripe, dietas muito restritivas, doenças metabólicas ou infecciosas, medicações, cirurgias, especialmente a bariátrica, além do estresse. Em geral, em 30% dos pacientes a causa acaba por não ser definida.
São considerados crônicos aqueles que apresentam a queda grande de fios, mas a longo prazo. Há ciclos onde os fios alternam fases de queda e de crescimento de forma cíclica, uma ou duas vezes por ano, ou a cada dois anos, dependendo do paciente. Conforme o tempo passa, o paciente fica com o cabelo mais volumoso na base e menos volumoso no comprimento. O cabelo fica mais curto e com o “rabo de cavalo” mais fino. Se o paciente só tiver essa condição, não ficará com o cabelo ralo no couro cabeludo. Porém, esse problema pode estar associado a outras condições que causam rarefação dos fios. De qualquer forma, se perde muito volume e comprimento. O problema nem sempre tem causa definida, mas sabe-se que está associado a doenças autoimunes, dentre elas, a mais comum é a tireoidite de Hashimoto (hipotireoidismo).
O principal sintoma é a queda aguda do cabelo, com aumento dos fios que caem dia após dia. Coceira no couro cabeludo, principalmente na região posterior, pode estar presente em alguns casos. Alterações no couro cabeludo como dermatite seborreica (caspa), psoríase, dermatite de contato do couro cabeludo (alergias) podem estar presentes e contribuir também para a queda.
O eflúvio é autolimitado, ou seja, tem uma duração predeterminada de dois a seis meses, caso não haja outra doença associada. E, de um dia para o outro, há uma aparente melhora. Na teoria, não seria preciso tratamento. Porém, se o paciente tem alguma condição associada, como alopecia androgenética (calvície) ou a alopecia senil (rarefação que surge após os 60 anos), em geral, costuma-se tratá-lo para que possa ter plena capacidade de recuperar o volume e o comprimento dos fios.
Vale ressaltar que não há um tratamento específico. Algumas medicações, que são estimuladoras do crescimento capilar, podem ser associadas para acelerar esse processo de recuperação. Se o paciente for saudável, e sem doença prévia do couro cabeludo, terá plena capacidade de recuperação.
É sempre indicado que a pessoa procure um dermatologista para conhecer melhor seu caso, e se há a necessidade de tratar alguma possível doença ou fator de base associada, mas em geral o prognóstico é bom. Deficiências de ferro ou vitaminas, e dietas muito restritivas com perda rápida de peso estão associadas à queda importante de fios.
Há situações nas quais seu surgimento da queda é esperado, como na fase do pós-parto, quando é comum ocorrer queda dos fios 2-3 meses após o parto. O mesmo vale para aqueles que passaram por cirurgia bariátrica ou por uma dieta emagrecedora. Eles precisam ser bem orientados para buscar ajuda assim que notarem a queda acentuada dos fios e obter orientação para a melhor conduta do caso.
A boa notícia é que o eflúvio telógeno tem recuperação espontânea na maioria dos casos. Se você está percebendo queda excessiva de cabelo, marque sua consulta e faça uma avaliação detalhada com a Dra. Joana Barbosa!